Urban Music

música alternativa, rock, indie, pop, eletrônica e afins

segunda-feira, maio 22, 2006

NO AGUARDO

Enquanto não sai o segundo álbum do Arcade Fire, muito aguardado por sinal, vale a pena ver um vídeo da sensacional estréia da banda (Funeral), com a música Neighborhood #1 (Tunnels). O primeio vídeo é o oficial, o segundo uma versão alternativa.





terça-feira, maio 16, 2006

PÁSSARO TRISTE






Antony and The Johnsons

Pra quem gosta de música depressiva é um prato cheio. É ouvir e se emocionar. Antony and The Johnsons com seu segundo álbum “I am a bird now”, é lindo e melancólico, com letras que falam de sofrimento, libertação, coração partido dentre outras coisas.
É difícil não se sentir tocado não só pelas letras, mas principalmente pela música, pela sonoridade, que é um pop experimental, meio jazz com clima de orquestra. E ainda tem a voz de Antony, poderosa, melancólica e carregada de sentimento, o que é difícil de se encontrar hoje em dia. Sua voz é uma mistura de Nina Simone e Morissey. Outro impacto é o visual andrógino de Antony, todo performático a la Boy George. Esse ser existe e nasceu na Inglaterra, foi criado na Califórnia e começou sua carreira em Nova York. Antony formou a banda em 2000, lançando um álbum homônimo, junto com os integrantes Rob Moose (guitarra, violino), (violino, arranjos de cordas), Joan Wasser (violino, arranjos e vocal), Jeff Langston (baixo), Todd Cohen (bateria), Julia Kent (violoncelo e arranjos).
Dizem que o cantor Lou Reed chorou ao ouvi-lo pela primeira vez, o que deve ser verdade, pois o mesmo participa de uma das melhores faixas de “I am a bird now” chamada “Fistfull of Love”, citando alguns versos no começo da música e tocando guitarra. Além dele, também participam Boy George (“You are my sister now”), o canadense Rufus Wainwright e Devendra Banhart ( na música “Spiralling”). Segundo Antony, todos eles serviram de inspiração para fazer o álbum.
Outra curiosidade é a capa de “I am a bird now”, homenagem a uma de suas musas, a travesti Candy Darling, uma das estrelas de Andy Warhol, fotografada por Peter Hujar em 1977.
O disco é muito bom do começo ao fim e ganhou o Mercury Prize em 2005 como o melhor álbum do ano. Ouça e se emocione com “Hope there´s someone” e “Bird guhl” que aliás está na trilha do filme “V de Vingança”.
Ainda não há previsão de lançamento no Brasil, só importando mesmo ou baixando as músicas pela internet. Mas o sacrifício vale a pena para ouvir a voz de Antony tão forte e ao mesmo tempo sensível. E não se incomode de chorar porque chorar faz bem.

sexta-feira, maio 12, 2006

ARCTIC MONKEYS




Alex Turner (guitarra e vocal), Jamie Cook (guitarra), Andy Nicholson (baixo) e Matt Helders (bateria): essa á banda queridinha do momento na Inglaterra, sendo considerada um fenômeno, com um álbum de estréia mais vendido na história britânica desde “Defenetely Maybe” do Oasis. E também vem recebendo um arrastão de elogios pela imprensa especializada em música como um dos melhores álbuns dos últimos tempos e indicado a vários prêmios.
Mesmo antes de serem lançados por uma gravadora a banda já era uma febre no Reino Unido, com divulgação independente, de boca-a-boca, com CD demo vendido nos shows que faziam e com downloads via internet.
O álbum de estréia dos Arctic Monkeys chamado de “Whatever people say I am, that´s what I´m not” é uma mistura de indie-rock, pós-punk, brit-rock e até ska. À primeira audição pode soar estranho, mas já na segunda, você se acostuma e quer ouvir de novo, isso porque tem músicas dançantes e com energia, ótimo para animar festinhas, sendo também descrita como uma mistura de Franz Ferdinand e The Libertines. A banda é formada por garotos por volta de 20 anos, com letras despretenciosas e canções simples, falando de coisas banais.
Os grandes hits da banda são “I bet you look good on the dancefloor” e “When the sun goes down”, essa última uma das melhores do disco, com um começo lento e depois com uma boa pegada. Praticamente todas as faixas são aceleradas e curtas num estilo bem pós-punk mesmo, com exceção de “Riot Van” que é a única lenta. E ainda tem “A certain romance” com um toque de ska, mas que ficou bem legal.
O hype em torno da banda é um pouco exagerado, mas até que eles são bons.

Se você quiser dar uma olhada num vídeo deles da música "The view from the afternoon", aí vai o endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=BS_QpuDfCoY&search=arctic%20monkeys

quinta-feira, maio 11, 2006

PALMAS







Clap Your Hands Say Yeah,
Alec Ounsworth (vocal), Lee Sargent (teclado), Tyler Sargent (baixo e guitarra), Sean Greenhalgh (bateria) e Robbie Guertin (guitarra e teclado).
Essa é a banda nova-iorquina do momento que teve seu álbum de estréia lançado em 2005 nos EUA de forma totalmente independente (selo e divulgação dos próprios integrantes da banda) e que conseguiu notoriedade e ótimas recomendações dos apreciadores de música alternativa graças a sua música marcante. Contudo, sem previsões de lançamento desse ótimo álbum no Brasil.
O som é uma mistura de indie rock e folk, e a voz desleixada e anasalada do vocalista Alec foi comparada a de David Byrne do Talking Heads (alguns momentos tem semelhança mesmo), porém o som é original e sem comparações de bandas contemporâneas. O nome da banda foi tirado de um grafite no Brooklyn.
“Is this love?” é uma das ótimas faixas do álbum, que traduz a essência da banda. Outra marcante, dançante, com boa batida, som de guitarra legalzinho e com direito a órgão é “The skin of my yellow coutry teeth”. Cuidado pois ela gruda e você fica cantarolando depois, o que é ótimo. Sem esquecer também de “Over and over again”, preferida de muitos. Não menospreze “Details of the war” que tem uma letra bonitinha e Alec cantando de forma bem sentimental e gostosa de ouvir.
Difícil parar de ouvir essa banda. Palmas para eles.